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Todos
nós já ouvimos ou estudamos sobre os Bantus e sabemos que muitas etnias desse
grupo foram trazidos para o Brasil. A palavra Bantu (Banto) é usada para
definir o grupo de pessoas que habitam regiões do Centro-Sul da África – Ntu
quer dizer ser humano mais o prefixo Ba que significa plural, ou seja, Bantu significa
pessoas, seres humanos - e era um termo
usado por esses povos para autoidentificar.
Como
foi dito acima, esses povos viviam e vivem na região Sul de Sahel e têm por língua
de origem bantu. No ano de 1500 A.C acredita-se que eles imigraram da região,
que hoje é a República de Camarões, e se espalharam pela África domesticando
plantas e animais.
Dominavam agricultura e as técnicas de produção de ferro que
era usado para a fabricação de ferramentas de trabalho e armas de guerra e com
isso acaram ficando em vantagem em relação a outros povos que não dominavam
essas técnicas com ferro.
Foi
entre a foz do rio Zaire ao norte, e a foz do rio Kwanza nas terras que
abrangem a República Democrática do Congo, a República Popular do Congo e a
República de Angola, que nasceram importantes formações políticas bantu, entre
elas o Reino do Congo, que sua estrutura e formação política será abordado em
outro post.
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A
História também nos apresenta que muitos foram os negros desse grupo que foram
trazidos para o Brasil. De acordo com historiadores como, David Eltis e Hebert
Eltis esses africanos eram na maioria das vezes de origem do Congo e de Angola
e falantes das línguas de matiz Bantu. Isso explica o motivo de muitas palavras
do português brasileiro terem sido influenciadas por essa língua africana. Em
outro post serão apresentadas um pouco dessas palavras.
No
Brasil a cultura dos bantus está presente na capoeira, no jongo, no congado e
entre outras manifestações culturais. Personagens importantes da música
brasileira, como Nei Lopes e Martinho da Vila se debruçaram em pesquisar e
compor letras que falem sobre a cultura de origem africana.
Nei
Lopes nasceu em Irajá no Rio de Janeiro, é Bacharel em Direito, compositor e
cantor e também um pesquisador da das culturas de cunho africanas. Em seu trabalho como escritor, escreveu
diversos livros sobre esse assunto, entre os quais: “Dicionário da Antiguidade
Africana” e “Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana”. No ano de 1981, em
paralelo à música, também se dedicou às pesquisas de temas africanos que estão
relacionados à História, Filosofia e Literatura. Na música assinou alguns dos
sambas que representam o gênero, tais como: “Um sorriso Negro”, “Afrolatinô”, “Ginga”,”
Angola” e “Primo do Jazz”. Foi através de seus trabalhos que estreitou laços
que ligam a África ao Brasil.
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Outro
personagem conhecido das músicas brasileiras é Martinho da Vila, nasceu em Duas
Barras e quando ainda era menino mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. No
ano de 1969 lançou seu primeiro álbum “Martinho da Vila” que o fez ficar
conhecido. Nesse mesmo ano entrelaçou a sua história à da escola de Samba de Vila
Isabel, sua escola de coração, compondo então vários sambas-enredo e foi por
conta de suas composições, como por
exemplo, “Kizomba”, a Festa da Raça que a escola foi campeã no carnal de 1988.
Mediante
a esse pequeno texto, pode-se perceber que a cultura Africana é muito rica e
acrescentou e acrescenta na nossa cultura brasileira. Posteriormente, será
tratado um pouco mais a respeito de alguns músicos brasileiros que têm seus
trabalhos ligados à África e ao seu povo.